quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Capítulo 6

CAPITULO 6

Assim que cheguei em casa, me joguei no sofá. Não estou entendendo o que aconteceu e o porque aconteceu. O que passou em minha cabeça? Joseph é meu melhor amigo. Que droga, Demi!
Para afastar esses pensamentos, resolvi ligar um pouco a TV e SURPRESA, nossa série favorita. Preciso tirar ele da minha cabeça, isso já se tornou obsessão. Talvez seja melhor eu passar mais dias em Nova Iorque para ver se tiro Joe da minha cabeça. Desliguei a TV.

Chequei meu celular e tinha uma mensagem de Kevin
“Hey, Dem. O que houve? Estou preocupado. Você está em casa? “

Respondi:
“Não se preocupe, estou bem. Ficarei alguns dias fora, cuida dele por mim.”

Quase que de imediato recebi outra mensagem de Kevin
“Precisa de alguma coisa? Vai pra onde? O que aconteceu? Que droga!”

Revirei os olhos.
“Já disse que está tudo certo Kevin, não se preocupe! Estou indo a Nova Iorque. Partirei amanhã. Te mando noticias .”

Nunca entendi tamanha preocupação que os familiares de Joseph tem por mim. Ok, eles me conhecem desde que eu era uma criança e eu sempre freqüentava sua casa, mas não significa nada para me tratarem dessa forma. Sinto como se eu fosse LITERALMENTE da família, acolhida, amada.
Fui até o jardim para espairecer. Sentirei falta dessa casa enorme, desse jardim florido e vivo, da piscina que me diverti diversas vezes. Ahh, que sentimento bom e ao mesmo triste. Não vejo a hora de mudar, mas queria levar minha casa, família, Joseph para Nova Iorque comigo.
Deitei na rede e coloquei meu fone de ouvido, pelo celular comecei pesquisar sobre os bairros em que eu morarei nos próximos 5 anos e acabei adormecendo.
Acordei com o frio. Já era noite e começava chover.Entrei em casa e notei minha fome. Fazia um certo tempo que não comia nada e decidi preparar um macarrão instantâneo. Depois de comer, subi para meu quarto e depois de tomar um banho, dormi mais uma vez.

Acordei já em cima da hora, tinha dormido além do normal. Precisava terminar de arrumar minhas coisas, me arrumar e  ir para o Aeroporto. Felizmente, tudo deu certo e consegui acionar o Táxi com algumas horas de antecedência e chegar ao aeroporto a tempo de pegar o vôo tranquilamente. Me sentei ao lado de um rapaz bonito e bem vestido que ficou calado durante todo o percurso.
Ao desembarcar em Nova Iorque e fui tomada pelo frio abundante. Assim que peguei minhas bagagens, fui tomar um capuccino num café do Aeroporto.
-Oi. – Disse alguém parando em frente minha mesa
-Olá  - sorri, reconhecendo-o
-Desculpe não ter me apresentado antes, sou Wilmer. Viajei ao seu lado – sorriu- Posso me sentar aqui? As outras mesas estão lotadas.
Olhei ao redor, somente a minha mesa estava ocupada, mas achei interessante a tentativa de flerte..
-Claro, sente-se.
Ele se sentou
-Bom, posso saber seu nome?
-Ah, claro. Sou Demetria. – estendi a mão e ele a pegou e inesperadamente depositou um beijo.
-De onde você é, Demetria? –olhando curioso
-Los Angeles, e você? – ele sorriu
-Los Angeles, foi uma pergunta óbvia já que embarcamos juntos.- sorri ao notar o quão ridícula eu fui ao esquecer desse detalhe- Bom, o que vem fazer em Nova Iorque?
- Eu vim fazer minha matrícula na faculdade e procurar um apartamento para morar durante os anos em que ficarei por aqui.
- Qual faculdade?
- Universidade Estadual de Direito
- Será uma honra vê-la todos os dias- sorriu- Estou no terceiro ano nesta instituição.
- Jura? Que coincidência
-Qual o endereço dos apartamentos que tem em mente? – perguntou , colocando a mão no bolso e tirando as chaves do carro.
-Ah, são esses. – entreguei o papel onde anotei os endereços.
- São perto do meu apartamento. Vamos, eu te levo! – se levantou, deixou dinheiro em cima da mesa para pagar nossa consumação e me estendeu a mão.
Inconscientemente, o segui até o carro.
-Meu deus! O que eu estou fazendo? – sorrio ao colocar o cinto de segurança
-Bem vinda a Nova Iorque, querida! – sorri de volta.
Depois de alguns minutos, Wilmer me deixou em frente a um edifício maravilhoso no qual iria visitar um apartamento e coincidentemente, o apartamento dele ficava logo em frente.
-Bom, se precisar de mim, só gritar.
- Tenho certeza de que você ouvirá – ri
Ele pegou minha mão e a beijou.
-Qual é desses beijinhos na mão?- perguntei e ele riu
- Vi isso em vários filmes e sempre quis fazer igual. E também porque sua mão é cheirosa. E Porque quando eu faço isso – deu outro beijo em minha mão- você fica vermelhinha e é uma gracinha.
Senti o rosto esquentar e sorri, ele retribuiu o sorriso e se virou para atravessar a rua.
-Ei, Sr. Romântico!
Ele virou-se para mim
- Me leva para jantar hoje?
Ele sorriu
-Em que hotel está hospedada, senhorita?
- Plazza NY.
-Estarei lá as 20hrs – sorriu para mim e atravessou a rua.
Entrei no edifício e subi até o 13º andar e a corretora estava me esperando.
Me mostrou o apartamento inteiro e fiquei maravilhada com a vista da janela da sala e com o ambiente. É do jeitinho que eu sempre quis. Um quarto grande com closet e sacada que dava de frente para o apartamento do Wilmer, um escritório, dois banheiros, sala grande e bem iluminada e cozinha pequena e bem planejada. A cada cômodo vazio em que eu entrava, ia imaginando de que forma eu iria decorar e onde ficariam meus moveis. É esse. Já fechei com a corretora antes mesmo de visitar os outros apartamentos.
 Caminhei até a faculdade a poucas quadras dali e depois de horas conhecendo o campus e os professores, fiz a matricula. Agora é oficial. Será que Joseph estaria feliz por mim? O que estaríamos fazendo se ele estivesse aqui comigo? Certamente não iríamos jantar com Wilmer, ciumento do jeito que ele era . O pensamento me fez sorrir.
- Eu me senti assim também quando fiz minha matrícula aqui. – uma garota disse, sorrindo – Você fica rindo pelos cantos, sozinha, boba. Espere só até começar as aulas e toda essa magia acaba. – Me estendeu a mão – Sou Miley.
- Demi – apertei sua mao e sorri
- Precisa de alguma coisa, Demi?
- Um diploma.
Ela riu
- Estamos todos em busca dele. Mas não se preocupe, essa instituição não é o bicho de sete cabeças, basta cumprir com suas responsabilidades e se sairá bem.
- Você está em que ano?
-No segundo.
- Wilmer é da sua sala? – a pergunta escapou de minha boca.
- Talvez. – me olhou curiosa. – Você o conhece?
- Talvez. – sorri
- Ok, ele é da minha sala. Um tremendo homem, inteligente, bonito, independente e bom partido.
- Eu o conheci no aeroporto. Ele me deu uma carona .
- Ai meu deus. – me olhou surpresa.
- O que?
- Muitas garotas já tentaram sair com ele desde que ele ingressou aqui e ele sempre nega.
- Jura? Ele me pareceu tão simpático. Hoje vamos jantar. – falei entusiasmada.
-GAROTA, VOCÊ PRECISA SER MINHA AMIGA
Rimos, trocamos telefones e conversamos por quase uma hora. Miley parece ser uma pessoa fantástica, assim como wilmer.
Ela me acompanhou até o hotel, já que morava num bairro próximo.
Descansei um pouco e pensei novamente em Joseph.

Enviei uma mensagem a Kevin:
Estou bem, já fiz amigos em Nova Iorque e escolhi meu AP :D
Como Joe está? Alguma melhora? Queria que ele estivesse aqui ...
Dem.

Resolvi me arrumar para o jantar com Wilmer. Trouxe pouca roupa, já que não imaginava que iria sair com alguém. Coloquei uma calça jeans, uma blusinha soltinha vermelha, jaqueta de couro preto por cima e saltos.
- Isso deve servir – disse a mim mesma me olhando no espelho.

Peguei minha bolsa e desci para encontra-lo, o frio de Nova Iorque e o olhar de Wilmer encostado no carro me fizeram arrepiar. Ele sorriu ao me ver, cumprimentou-me com um beijo na bochecha e abriu a porta do carro para que eu entrasse.
O restaurante era lindo, refinado e incrivelmente acolhedor. Conversamos muito a respeito de tudo, contei-lhe sobre Joseph e o quanto Miley ficou surpresa ao saber que sairíamos hoje. Ele me contou sobre suas  ex namoradas, sua vida acadêmica e sobre sua família. Disse que já trabalhava na Delegacia regional e que tinha muita influencia de seus pais que eram advogados formados na mesma instituição. Foi uma noite agradável.

Quando voltamos, ele me acompanhou até a entrada do quarto do hotel .
- Então é isso. – sorrindo, olhando para baixo.
- Eu me diverti muito, Wilmer. – sorri de volta.
- Eu também, Demi. – me olhou nos olhos e beijou minha mão novamente, me fazendo rir.
- Você não se cansa disso.
-  Quem sabe da próxima eu possa te beijar em outro lugar – olhou de relance para meus lábios e depois em meus olhos
Senti que estava mais vermelha que bunda de babuíno.
-Boa noite, demi!
Sorri para ele e entrei .

CONTINUA


SE ALGUEM AINDA ESTIVER LENDO, DESCULPE-ME PELA DEMORA L